Nem parecia Brasil. Por isso aconteceu no Air

Viva a iniciativa privada! Eventos como esse só provam cada vez mais que o mercado está acima de questões básicas como o direito do cidadão de pagar pela sua passagem (muito cara por sinal), receber seus amendoins a cada sobe e desce da aeronave de assentos desconfortáveis e chegar no destino para encontrar aquele ente querido, qu

Mas voltemos ao que, segundo opinião de Hortência (a jogadora de basquete que agora é formadora de opinião das mais conceituadas, no programa do Faustão e Hebe é claro...), "é o evento esportivo mais organizado que já houve no Rio de Janeiro e comparável ao carnaval"... vai entender...
Segundo o Corpo de Bombeiros, 1 milhão de brasileiros lotaram a enseada de botafogo para acompanhar a “air race”. Se brasileiro unisse essa quantidade de pessoas para alguma boa razão seria bom. Mas somos assim mesmo, adoramos uma novidade, principalmente quando é gratuita. Parece até que a empresa que patrocinou o evento é um dos nossos políticos populistas que fazem show de axé ao invés de comícios e recebem votos por isso.
O evento de aeroporto brasileiro não tem nada. Os aviõezinhos levantam vôo na hora certa, atravessam cones e fazem acrobacias a fim de atingir o menor tempo. E quando um norte-americano foi indagado sobre um acidente ocorrido no aeroporto onde quase bateu em outro avião, respondeu: “E isso tem alguma coisa a ver com a corrida?”. Gostei dele. Parece o nosso presidente ao seu estilo isso não é comigo.
Até a paz reinou no evento, segundo as autoridades é claro. Afinal, o Pan está bem próximo e não podemos “queimar” a cidade maravilhosa. E o vencedor da etapa daqui chama-se Paul BONHOMME, que em sua volta foi submetido à maior força G (gravidade) de todos. Enfim, que os ventos, não os “Eventos”, tragam BonsHommens para resolver nosso problema, que é Grave.